domingo, 15 de janeiro de 2017

Fátima o altar do mundo

Ao longo destes cem anos, o Santuário de Fátima consolidou-se como o “Altar do mundo”. Nos inícios, as aparições foram acolhidas com ceticismo, como convém, pela Igreja Católica. Graças à intervenção e ao escrutínio do Cónego Manuel Nunes Formigão, foram-se desfazendo as dúvidas. A mensagem divulgada pelos pastorinhos mereceu então a aprovação eclesiástica, por não por em causa mas estar em consonância com o Evangelho. Desde então o Santuário acolhe peregrinos oriundos de todo o mundo e até de todas as latitudes da fé.
Do ambiente pastorício onde os pastorinhos brincavam e rezavam, hoje, resta apenas uma frondosa azinheira, junto da Capelinha das Aparições, que assinala o local das aparições, ponto de passagem quase obrigatória de todos os peregrinos. Onde podem contemplar a primeira imagem, segundo a Irmã Lúcia, a que melhor traduz a Senhora que ela viu. Diz-se que o seu escultor, José Ferreira Thedim, nunca mais conseguiu esculpir outra tão fiel como essa. É essa, também, a que fixou os elementos fundamentais da iconografia de Nossa Senhora de Fátima. Que aparecem nas imagens espalhadas por todo o mundo.
Nos espaços, que antes eram as pastagens das ovelhas e onde cresciam as azinheiras, estende-se agora uma esplanada, que envolve a Capelinha e vai desde a basílica de Nossa Senhora do Rosário (inaugurada em 1953) à da Santíssima Trindade, que assinala os 90 anos das aparições. Este é o espaço que acolhe as principais celebrações entre Maio e Outubro, onde se reúnem, ao longo de todo o ano, milhares de peregrinos com as mais variadas inquietações, preocupações e motivações.

O primeiro livro da coleção sobre os Santos que nos protegem é precisamente dedicado ao acontecimento de Fátima. É uma súmula das aparições e das principais datas que marcaram os cem anos de história do Santuário. Tal como nos seguintes, referem-se as principais celebrações, a iconografia e algumas orações para invocar a intercessão de cada santo, particularmente nas situações de que eles são patronos.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 14/01/2017)

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